quinta-feira, 14 de maio de 2009

Um pouco da nossa história...

Depois dos espantosos, porreiros, agradáveis, maravilhosos, hilariantes, alegres, espectaculares, fantásticos, emocionantes, sensacionais, divertidos, interessantes, radicais, óptimos, educativos, inesquecíveis...dois dias que passámos convosco em Pinhel, e como a vossa vinda se aproxima (que bom!), aqui vão algumas curiosidades sobre a nossa terra. Encurtámos bastante o trabalho de pesquisa que tínhamos feito e só vos mandamos um “cheirinho” da nossa história, da nossa economia e da nossa gastronomia (o sabor das nossas iguarias já conhecem, pelas ”Amêndoas da Páscoa” enviadas na Troca de Prendas).
O resto, vão conhecer já, já, já para a semana! Vai ser muito melhor ver do que ler.

Diz-se que Aveiro é povoada desde a pré-história. Os seus primeiros habitantes seriam os Transcodanos, povo que vinha das terras de Além - Côa, hoje região de Salamanca, aí bem perto de vós (lembram-se de vos dizermos que havia outras coisas que nos ligavam?). Aí existiam boas terras para a agricultura e um grande lago, onde eles costumavam pescar. Foi por isso que, quando abandonaram a sua região, escolheram Aveiro, que tinha mar, sal e bons terrenos para a agricultura.
Outros povos por aqui passaram: celtas, romanos, gregos, fenícios…
O desenho característico dos nossos moliceiros, barco típico da ria de Aveiro, terá sido deixado por estes últimos.
Consta-se que os romanos chamaram a Aveiro Aviarium, que, na sua língua, queria dizer região cheia de lagoas, onde havia muitas aves; outros acham que o nome viria de aveiro, caçador de aves. Há, também, quem pense que os invasores normandos lhe teriam chamado Aviron, que queria dizer remo ou Aveyron, nome de uma região francesa; poderia, ainda, vir de Ave + iró ou eiró (enguia), porque os primeiros habitantes viram uma região com muitas aves e enguias. Os celtas chamaram-lhe Talavara ou Lavara, que era um lugar onde abundava terra argilosa ou pantanosa e água corrente.

Há, no entanto, a certeza de que se chamou Alavarium, porque este nome aparece num documento do século X, o instrumento de doação da condessa de Mumadona ao mosteiro de Guimarães.
Nesses tempos, Aveiro vivia do cultivo das terras, do comércio do bacalhau e do fabrico de sal.
Em 1515 recebeu um foral, outorgado por D. Manuel.
Nos séculos XVI e XVII era ainda uma vila que pertencia a Esgueira, onde fica a nossa escola.
Com o passar dos tempos começou a desenvolver-se, a tornar-se mais importante que Esgueira, porque era mais favorecida pela ria, tinha mais população, bom comércio, indústria, conventos. Foi nesta época que D. José I a elevou a cidade (1795), passando a chamar-se Nova Bragança.
Estamos precisamente a comemorar este ano os 250 anos de elevação de Aveiro a cidade. Vão ter o privilégio de a conhecer nesta data importante da história da nossa terra. Também nesta altura estão a decorrer as Festas do Município, em honra da Princesa Santa Joana, padroeira de Aveiro, que escolheu um dos conventos aqui existentes para viver (actualmente é o museu de Santa Joana).
O nosso feriado municipal é 12 de Maio, por altura das festas.

A nossa paisagem, como vão ver, é dominada pela água: temos o mar, a ria, as salinas, os rios. Há quem nos chame a Veneza Portuguesa, por causa dos canais da ria que entram pela cidade.
Um elemento característico do distrito, ligado à água, é o barco: o barco do mar, o moliceiro, o mercantel, as bateiras murtoseiras e as bateiras erveiras.
Sendo uma cidade moldada pelo mar, as actividades económicas a ele associadas predominam em Aveiro: a salicultura (exploração do sal), hoje em declínio, a pesca, o Porto de Aveiro, as praias, grande atracção turística.
Também temos alguma indústria, bem característica da nossa região: as conservas de enguias, a famosa fábrica da Vista Alegre, os azulejos, o tijolo, a telha (vão poder apreciar o edifício do nosso Centro de Congressos, outrora um fábrica de cerâmica).
Outro património como igrejas, antigos conventos, pontes, casas de Arte Nova, casas típicas da beira-mar, vamos mostrá - lo durante as visitas, para agora não vos cansarmos mais.

Aveiro é a nossa cidade, mas é em Esgueira que está a nossa escola. Por esta razão, e porque é uma povoação muito antiga e com uma história interessante, também queríamos dizer-vos umas coisinhas sobre ela.

Dizem que é povoada desde a pré-história, como Aveiro, e que o seu nome virá de esgueirão, barco terminado em dois bicos, muito utilizado na ria. Poderá, também, vir de Isgaria (que em língua dos celtas significava “lugar do pescado” e “outeiro"). Ainda segundo uma lenda, de esguelha, porque um grande barco terá encalhado aqui e ficou de esguelha. No selo do foral dado por D. Manuel, está registado o nome Isgaria.
Nessa época o mar entrava pela terra dentro, formando uma baía, e cobria zonas que hoje são terra firme. Tinha um importante porto de pesca e as suas fontes de riqueza eram o sal, a pesca e a agricultura. Também se apanhava o moliço, vegetação existente nos canais da ria, muito importante para adubar as terras. (daí terá vindo “moliceiro”).
Em 1093 já era uma vila importante e concelho. Pertenceram-lhe 31 vilas e 10 concelhos das redondezas, incluindo Aveiro.

No século XIX, Esgueira começou a decair. O recuo do mar e o progressivo desenvolvimento de Aveiro e a sua elevação a cidade fizeram com que o concelho de Esgueira fosse extinto e esta fosse anexada a Aveiro, como uma das suas freguesias.

São estas as histórias de Aveiro (feliz) e de Esgueira (triste).
Para terminar, queríamos contar um pouco da história da nossa gastronomia.
Sendo uma terra à beira-mar, onde existiam vários conventos, os seus “petiscos”teriam que estar ligados ao mar (marisco, peixe, bacalhau, enguias de escabeche ou de caldeirada…) e às freiras e conventos (ovos moles, raivas, argolas, bolos de gema, bolo das 24 horas…). Também são muito apreciados, por aqui, o folar (típico da Páscoa) e o pão do Vale de Ílhavo, ambos muito bons porque ainda são cozidos em forno de lenha.
Por serem tão apreciados, fizemos gosto em vos mandar uma amostra destes produtos no nosso cabaz da Páscoa.

Ficaram com curiosidade de saber mais?
Estamos prontos para vos responder, em Aveiro, 5.ª e 6.ª feira, dias 21 e 22 de Maio.

Até lá, com muita expectativa e ansiedade.
Boa viagem para Aveiro.

5.ºB e 5.º C, os “Afilhados” de Aveiro.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Olá, amigos!

Agradecemos muito as vossas “amêndoas” da Páscoa. Fizemos o lanche no mesmo dia em que nos chegou o cabaz.
Estiveram presentes os alunos das duas turmas e os pais e professores que puderam.
O vosso cabaz estava muito bem recheado e era super apetitoso. Até parece que nos conhecem há muito tempo, pois adivinharam os nossos gostos.
O que a maioria dos alunos apreciou mais foi o bolo de chocolate, a morcela, os farinheiros (pensávamos que eram alheiras), a chouriça, o queijo, os biscoitos, o presunto…enfim, tudo o que mandaram!
Esperamos que vocês também tenham gostado da gastronomia da nossa região.
Muito, muito obrigado pela prenda. Já estamos ansiosos por devorar a do próximo ano.
Para verem como toda a gente adorou, vamos enviar-vos as opiniões de alunos, pais e professores. Gostávamos que as mostrassem também aos vossos pais, que foram tão simpáticos ao oferecer-nos tantos e tão bons petiscos.
Aproveitamos para vos dizer que já sabemos um pouco mais sobre a vossa terra, pois já lemos a vossa mensagem.

Até breve
Os afilhados de Aveiro


O que os alunos de Aveiro disseram sobre as “amêndoas da Páscoa” oferecidas pelos padrinhos de Pinhel (5.º B)


 Gostaste que houvesse troca de prendas?

Sim – Todos

Porquê?
• Foi uma maneira de se provarem produtos que não se conheciam;
• É uma acção que nos permitiu conhecer melhor os produtos da terra deles e para que eles, também conheçam os nossos produtos;
• O que interessa é o convívio entre todos;
• Foi uma ideia interessante, ficamos a saber que comidas e que doces tradicionais existem em Pinhel;
• Porque quando formos a Pinhel já sabemos o que vamos comer e também porque ficamos a saber os produtos regionais de Pinhel;
• É importante conhecer os alimentos tradicionais da terra de Pinhel;
• Começamos a conhecer alguma cultura de Pinhel;
• Porque gosto de prendas;
• Porque gosto de partilhar;
• Conhecemos sabores novos;
• Foi muito divertido;
• Fiquei a saber o que eles gostam;


 Gostaste de conhecer e provar produtos da gastronomia de Pinhel?

Sim – 24 Não – 0 (não apreciam estes produtos)

Porquê?
• São alimentos diferentes;
• Assim podemos conhecer novos sabores e produtos, como também conhecer parte do seu “modo se vida”;
• Nunca tinha visto;
• Fazem coisas saborosas;
• A comida era muito boa;
• Porque sou principal fã de enchidos e de carnes;
• Ficamos a conhecer mais produtos de Pinhel;
• Porque ainda não tinha provado alguns produtos de Pinhel;
• Ficamos a conhecer alimentos de Pinhel;
• Foi giro provar e conhecer alimentos que não tinha ouvido falar;
• Comecei a gostar ainda mais Pinhel, e gostei de saborear alguns produtos gastronómicos de Pinhel;
• É bom;
• Gosto de conhecer e aprender;
• Já conhecia alguns produtos e agora vim a conhecer outros;
• Conhecemos novos paladares;
• São alimentos diferentes dos nossos;
• São saborosos;
• Tinham alimentos variados;
• Sabiam tão bem que tive vontade de levar tudo para casa.


 Gostaste do convívio entre alunos, pais e professores?

Sim – 22 Não - 1

Porquê?

• Foi uma forma de descontrair ao fim do dia e também de ter um lanche diferente;
• Nunca estive num convívio assim, achei uma ideia original e muito divertida;
• Estamos todos juntos a provar coisas boas e eu gosto de convívios;
• Foi divertido;
• Brinquei com todos os meus amigos e saboreei o que veio de Pinhel;
• Podemos conviver, falar e brincar juntos;
• Conhecemos pais e professores;
• Tivemos oportunidade de conhecermos os pais dos nossos colegas;
• É sempre giro um convívio entre pais, alunos e professores.


 Achas que a quantidade de “prendas” foi suficiente?

Sim – 22 alunos Não - 2 alunos


 Achas que os produtos eram de qualidade?

Sim – Todos os alunos


 A variedade dos produtos agradou-te?

Sim – Todos os alunos


 Qual dos produtos te agradou mais?

• Presunto
• Chouriça
• Queijo
• Tarte de amêndoa
• Bolo de chocolate, chouriço e presunto
• Farinheira e morcela
• Folar
• Biscoitos.



 Se o projecto continuasse no próximo ano, gostarias que voltasse a haver troca de prendas?

Sim – Todos os alunos


 Diz o que mais te agradou neste convívio.

• A brincadeira;
• Saborear a comida de Pinhel;
• Conhecer Pinhel através das fotos e a conhecer os produtos gastronómicos de Pinhel;
• Bolo de chocolate, presunto, farinheira e chouriço;
• Estar reunido com os meus colegas;
• Conviver, comer e aprender;
• Conhecer a cultura de Pinhel;
• Convívio entre alunos, pais e professores;
• Gostar de tudo;
• A comida que estava óptima.



O que os alunos de Aveiro disseram sobre as “amêndoas da Páscoa” oferecidas pelos padrinhos de Pinhel (5.º C)


 Gostaste que houvesse troca de prendas?

Sim – Todos

Porquê?
• Foi uma maneira de ficarmos a conhecer um bocadinho mais da cultura de Pinhel
• Foi giro conhecer as coisas de Pinhel
• Gostei de ver o que há em Pinhel
• Provámos coisas diferentes
• Havia muita comida de que gosto e houve convívio
• Pudemos ver as coisas tradicionais de outra terra
• Fiquei a conhecer mais produtos e quando os vir já sei que gosto
• Foi bom provar alguns alimentos de Pinhel
• Fiquei a conhecer os produtos da gastronomia de Pinhel
• Ficámos a saber o que se come em Pinhel
• É uma espécie de surpresa e nunca sabemos o que nos vão dar
• Ficámos a saber um pouco de Pinhel
• Foi divertido estar em convívio


 Gostaste de conhecer e provar produtos da gastronomia de Pinhel?

Sim – 15 Não – 2 (não apreciam estes produtos)

Porquê?
• Pudemos conhecer e saborear os sabores tradicionais de Pinhel
• Não sabia que havia aquilo e fiquei a conhecer
• Foi muito bom e divertido
• Percebi que as pessoas de Pinhel gostam de enchidos
• Têm sabor diferente dos de Aveiro
• Foi bom conhecer as suas comidas
• São bons e agradáveis de comer
• Era muita coisa para comer
• Gostei de conhecer novos sabores
• Quando for a Pinhel e me derem destas coisas eu sei o que é e se gosto
• Tinham bom aspecto e eram bons
• Para lhes dizer do que gostámos


 Gostaste do convívio entre alunos, pais e professores?

Sim – Todos os alunos

Porquê?
• Comemos todos juntos e ficámos a conhecer a comida de Pinhel
• Dividimos as prendas duma forma divertida
• Foi divertido
• Foi giro comermos todos juntos
• Fiquei a conhecer melhor as pessoas
• Foi uma maneira de nos conhecermos melhor
• Foi mesmo um convívio
• Foi divertido estar com os amigos e professores


 Achas que a quantidade de “prendas” foi suficiente?

Sim – Todos os alunos


 Achas que os produtos eram de qualidade?

Sim – Todos os alunos


 A variedade dos produtos agradou-te?

Sim – Todos os alunos


 Qual dos produtos te agradou mais?

• Chouriça
• Biscoitos
• Bolo de chocolate
• Bolos
• Folar
• Farinheiras
• Nozes
• Biscoitos
• Queijo
• Morcela


 Se o projecto continuasse no próximo ano, gostarias que voltasse a haver troca de prendas?

Sim – Todos os alunos


 Diz o que mais te agradou neste convívio.

• A companhia e comer em conjunto
• A comida
• Falar com os colegas e comer
• Poder conviver e a comida
• A comida e a brincadeira com os colegas
• Estarem pais, alunos e professores
• Conviver com os colegas e professores e a comida
• O bolo de chocolate


O que os pais de Aveiro disseram sobre as “amêndoas da Páscoa” oferecidas pelos padrinhos de Pinhel


Gostei bastante de conhecer e provar as “iguarias” de Pinhel, apreciei também as explicações sobre o modo como os produtos são confeccionados.
Gostei também de observar a curiosidade e entusiasmo dos alunos relativamente aos produtos/sabores que iriam provar.
Apreciei bastante o modo como vinham os produtos: os “paninhos” nos frascos de doce, etc.
É sempre positivo o encontro e convívio entre os pais e professores.
Obrigada a todos os que estão envolvidos neste projecto, por permitirem este conhecimento e aproximação entre duas zonas diferentes do nosso país. É muito importante que os nossos filhos conheçam e valorizem as características do nosso País!



Gostei muito da actividade, nunca pensei que corresse tão bem, os produtos enviados pelos padrinhos eram bastante bons, saborosos, muito diversificados e em grande quantidade.
Penso que esta e outras actividades deveriam ser repetidas, pois ajuda na troca de experiências, curiosidades e ideias entre os pais, alunos e professores, sendo saudável para todos.
Considero que seja uma boa aposta para o próximo ano, continuando a efectuar trocas entre padrinhos e afilhados, no sentido de descobrirem ainda mais sobre a região, a gastronomia, o vestuário, o modo de vida e a realidade de ser aluno em Pinhel e em Aveiro, bem como os seus sonhos e perspectivas do futuro.
Será que vão continuar a ser amigos quando o projecto acabar?




Sim, gostei do convívio dos pais com os alunos.
Devia acontecer mais vezes.
Gostei de provar os produtos gastronómicos de Pinhel.
Gostaria que se voltasse a realizar esta actividade para o ano.


Do questionário apresentado, preferimos fazer uma análise global, deixando aqui registado com agrado a acção desenvolvida e valorizando este género de iniciativas na interacção social, cultural e gastronómica entre regiões diferenciadas.
Um projecto que deve continuar para enriquecimento dos nossos educandos.



Em relação ao convívio do dia 20 de Março só tenho a dizer bem.
Os meus parabéns a todos os que estão empenhados neste projecto.
É muito interessante este convívio entre alunos, pais e professores; faço votos para que novos se realizem.
Apesar de não ter chegado muito cedo ao lanche, deu para ver, pelo que sobrou, que a quantidade foi mais que suficiente. Os produtos tinham boa qualidade e variedade.
Este convívio correspondeu às minhas expectativas.
Espero que este projecto continue com muito sucesso, como acho que tem tido até agora.




Ultrapassou as minhas expectativas, pois a quantidade era grande, com muita variedade e qualidade.
Gostei de provar estes produtos e acho que seria uma actividade a repetir.
O convívio estava muito bem organizado.
Pena haver tão poucos encarregados de educação.
Parabéns!




Gostei de conhecer e provar os produtos mas o convívio entre pais e professores podia ter sido melhor se mais pais tivessem participado. A hora podia também ter sido mais prolongada de modo a que mais pais pudessem participar.
A quantidade pareceu-me excessiva, embora a qualidade fosse boa.
Para o ano seria interessante que se voltasse a realizar. Seria igualmente interessante que os alunos participassem mais na distribuição e posterior arrumação dos alimentos.


O que os professores de Aveiro disseram sobre as “amêndoas da Páscoa” oferecidas pelos padrinhos de Pinhel



Este tem sido, de facto, um projecto inovador: porque envolve alunos de idades/ciclos diferentes, porque se comunica através das novas tecnologias, porque se promove a tradição e a cultura, a amizade e a identidade.
Não são os conhecimentos académicos que nos movem. Pretende-se, antes, investir nas relações humanas, na cultura, no conhecimento dos outros…
Ao aproximar o litoral do interior, achou-se muito enriquecedor dar a conhecer e conhecer o que cada terra tem de melhor: as pessoas e o seu património (natural, histórico, arquitectónico, cultural…)
A “Troca de Prendas”, na Páscoa, habitual entre padrinhos e afilhados, foi bem original: não se ofereceu um objecto que logo se arruma e esquece; optou-se, antes, por qualquer coisa que nos ligue, que fique no baú das nossas recordações.
A “receita” foi simples: a gastronomia, que juntou à volta da mesa alunos, pais, professores; que nos enriqueceu culturalmente, que nos divertiu, que criou laços mais fortes.
Saboreámos, convivemos, partilhámos, conhecemo-nos melhor…
Os nossos agradecimentos e parabéns a Pinhel, pela sua generosidade, pelo esforço na conservação das suas tradições, pela qualidade e variedade dos seus “miminhos”.
Obrigada alunos, pais, colegas!
As professoras responsáveis pelo projecto

Elvira Capão
Filomena Moreira



A actividade correu bem e, mais uma vez, os produtos da gastronomia de Pinhel confirmaram a sua qualidade.
A abundância e variedade dos produtos ultrapassou quaisquer expectativas. Produtos muitos deles desconhecidos dos alunos, foram bem aceites e apreciados.
Será uma actividade a repetir, pela novidade e divulgação de novos hábitos alimentares, tão importante nos dias de hoje. Da alimentação virá o interesse pelo conhecimento de hábitos locais e costumes diferentes.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Olá afilhados


Ficámos muito satisfeitos com as vossas notícias. Em breve falaremos sobre a nossa escola, mas como se aproxima a data da vossa visita, hoje mandamos algumas informações sobre a nossa terra e arredores. Esperemos que vos abra o apetite para a visita.





O concelho de Pinhel é geograficamente delimitado, na sua maior parte, por dois cursos de água: a ribeira do Massueime a Oeste e a Leste pelo rio Côa. Localiza-se na zona central do distrito da Guarda e confina com os concelhos de Almeida, Figueira de Castelo Rodrigo, Vila Nova de Foz Côa, Meda, Trancoso e Guarda.Tem aproximadamente 482Km2 de superfície e 26 freguesias rurais e 1 freguesia urbana (sede de Concelho). Em termos de acessos é servido pela linha de caminho de ferro (V. Franca das Naves a 12 Km), pela A25 (nó de Pinhel e nó de Pínzio). Dista da Fronteira de Vilar Formoso 34 Km.·
No que diz respeito à ocupação humana, está documentada a presença desde a época pré-histórica. As gravuras e pinturas rupestres de Cidadelhe (Neolítico) e a referência a um conjunto significativo de locais com testemunhos pré romanos e romanos permitem-nos afirmar que o concelho de Pinhel tem uma ocupação continuada desde tempos muito remotos.
Durante o período medieval, atendendo às necessidades de defesa do reino de Portugal, surgiram por todo o concelho um conjunto de locais fortificados, de que se destacava o castelo de Pinhel, considerados pontos avançados de um sistema de fortificações mais amplo que incluía os castelos das povoações de Trancoso, Marialva, Guarda, Castelo Rodrigo, Almeida e Castelo Mendo.
A localização estratégica de Pinhel, face ao nosso tradicional inimigo espanhol, fez com que os reis de Portugal, logo no início da nacionalidade, tivessem atribuído forais que pretendiam promover o desenvolvimento destas terras.
Ao percorrermos o concelho, notamos a existência de um conjunto de testemunhos, materializados na arquitectura das 27 freguesias, que evidenciam um significativo desenvolvimento económico e social.

História de Pinhel


Cidade Falcão é o nome pelo qual ficou conhecida esta localidade, pela bravura demonstrada pelos seus populares na batalha de Aljubarrota, quando seguiram o rei de Castela e lhe arrebataram o seu talismã, um falcão.
O primeiro Foral oficial outorgado a Pinhel está datado de 1209-D.Sanco I - tendo vindo este dar continuidade à política de povoamento de D.Afonso Henriques.
Durante o mesmo século são concedidos outros Forais a esta cidade o que, atesta a importância deste aglomerado para a Coroa Nacional.
Nos finais do século XIII, D. Dinis manda ampliar e reforçar o castelo, tendo sido construída uma muralha articulada por 6 portas que permitiam o acesso à cidadela.
Em 1510, D Manuel I sublinha a importância de Pinhel na estrutura do reino, confirmando como “Vila Realenga”.
A 25 de Agosto de 1770, D. José I eleva, a então vila, a cidade, passando também a ser sede de Diocese até 1881, ano em que foi extinta por uma bula papal.

Até breve!




P.S.

Ah! Já nos esquecíamos!

No passado dia 24 de Março fizemos o nosso lanche convívio com o manjar que vocês nos enviaram. Adorámos, em especial os ovos moles!

terça-feira, 17 de março de 2009

Olá, padrinhos!

Desculpem o atraso na resposta, mas temos andado muito ocupados com as actividades da Semana da Leitura: fizemos dramatizações de contos tradicionais, fomos para a rua dizer e ler poesia com as pessoas, lemos histórias para os nossos colegas e participámos no Sarau da Poesia, no encerramento das actividades da semana.
Agradecemos o vosso convite para, em conjunto, desenvolvermos este projecto de intercâmbio.
Estamos muito entusiasmados, porque vamos ter a oportunidade de fazer novos amigos e de conhecer uma cidade diferente da nossa.
Ficámos muito satisfeitos com o que soubemos de vós, pois descobrimos que, apesar de serem mais velhos, temos características comuns, como vão poder verificar.
Vamos então falar um pouco de nós:

5.º B

Somos o 5.º B da Escola EB2,3 Aires Barbosa, em Esgueira, Aveiro.
A nossa turma tem 28 alunos, 17 rapazes e 11 raparigas, com idades compreendidas entre os 10 e os 12 anos. Um dos nossos colegas é brasileiro.
A nossa directora de turma, Elvira Capão, é a professora de EVT, de Área de Projecto e de Formação Cívica.
Quase todos nós andamos juntos desde o primeiro ano do 1.º ciclo (alguns até desde o pré-escolar). Somos simpáticos e relacionámo-nos bem. Por vezes, há conflitos entre nós, mas logo os resolvemos.
Os professores queixam-se de sermos faladores e dizem que nem sempre aproveitamos bem as nossas capacidades para ter melhores resultados. É verdade que nos empenhamos mais em actividades que sejam do nosso agrado, que não obriguem a tanto estudo… No entanto, não pensem que somos fraquinhos; há alunos muito bons, bons e assim assim.
Temos preferências muito variadas, na música, no desporto, nas leituras, nos hobbies. Gostamos de todas as disciplinas, em especial LPO, CNT, EVT, TIC; nos nossos tempos livres, vemos televisão, jogamos à bola, andamos de bicicleta, ouvimos música, estudamos (alguns…); gostamos muito de fazer desporto, nomeadamente futebol, natação, equitação, ginástica.
Os clubes que mais adeptos têm na nossa turma são o Sporting, o Benfica, o Porto e, claro, o Beira-Mar.
Estudar, acordar cedo, arrumar, temos de fazer, mas não apreciamos.

5.º C

Somos a turma C do 5.º ano, constituída por vinte alunos. As raparigas estão em maioria: doze contra oito rapazes. As nossas idades variam entre os dez e os doze anos.
A nossa directora de turma é a professora de Português, Estudo Acompanhado e Formação Cívica, Filomena Moreira.
Somos diferentes, mas temos gostos comuns: ver televisão, jogar computador e jogos de mesa, andar de bicicleta, ouvir música (mais estrangeira do que portuguesa), comer bacalhau com natas, lasanha, morangos.
A nossa turma é muito unida, amigável e simpática. Quase todos frequentámos a mesma turma no primeiro ciclo.
Nas aulas, portamo-nos bem, embora os professores digam que somos um pouco desconcentrados e que temos dificuldade em respeitar as regras de comunicação oral (talvez por isso o nosso aproveitamento seja só bom…); quando saímos para actividades fora da sala ou da escola, somos mais indisciplinados, com o entusiasmo. A nossa directora de turma até nos “promete” que não volta a sair connosco…
Há outra coisa que nos une: não gostamos de levantar cedo, arrumar e… imaginem, estudar!

Agora que as apresentações estão feitas, vamos falar-vos da nossa escola.
É uma escola bastante organizada e segura, que fica numa das freguesias de Aveiro, Esgueira, na qual muitos de nós vivemos.
Faz parte do Agrupamento de Escolas de Esgueira, constituído por várias escolas do 1.º ciclo, jardins de infância e a nossa, com 2.º e 3.º ciclos e situa-se na zona escolar, onde também está um escola secundária.
A escola Aires Barbosa tem 622 alunos, distribuídos por 30 turmas (a maioria do 2.º ciclo) e cerca de 100 professores. É constituída por cinco blocos de rés-do-chão e 1.º piso, pavilhão gimnodesportivo e um grande jardim, com o qual a escola já recebeu o prémio de Melhor Jardim Público (actualmente isso não aconteceria).
O nome da nossa escola foi escolhido para prestar homenagem a um homem de Esgueira tão importante que, depois de ter dado aulas no estrangeiro, foi escolhido para educar D. Afonso, irmão do rei D. João III.
Aires Barbosa foi um humanista e pedagogo notável, que nasceu ainda no século XV e morreu já no século XVI. Fez os primeiros estudos em Portugal e, mais tarde, foi estudar para Salamanca, aí bem perto de vós, onde também deu aulas.
A nossa escola escolheu-o para patrono e este ano começou a comemorar o Dia do Patrono, assinalando a data em que morreu (por se desconhecer o dia do seu nascimento).
Gostávamos, também, de vos explicar o significado do nosso logotipo, que está na capa do projecto.
Foi feito por um aluno, em Educação Visual, há vários anos. Foram escolhidos símbolos que nos fazem lembrar a importância que Esgueira teve no passado: o Pelourinho, porque já fomos vila e concelho; o barco, porque já estivemos à beira do mar e já tivemos um porto e Aires Barbosa, personalidade de destaque (o A à esquerda, em cima, encostado ao pelourinho e o B à direita, até ao barco).

Com esta mensagem, já nos ficaram a conhecer um pouco e já conhecem a nossa escola.
Já descobrimos coisas que nos unem: algumas características e o nosso patrono, que andou aí pelos vossos lados.
Mas há outras, que saberão mais tarde…

Querem agora dizer-nos como é a vossa escola?
Aguardamos notícias. Até breve.
Os vossos afilhados,
5.º B/5.º C